Segundo a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (ABITRIGO) existem farinhas específicas para cada tipo de produto. O processo de moagem do grão dá origem a uma proporção de, em média, 75% de farinha e 25% de farelo de trigo.
No mercado global há uma grande variedade de farinhas refinadas brancas e amarelas (grano duro), integrais (grossa e fina), farelo, fibra, gérmen, além dos pães, massas, e outros produtos à base do cereal.
No Brasil, encontramos a integral – produzida a partir da moedura do grão inteiro – que contém alta quantidade de fibras e que promove maior absorção de água; e a Tipo 1 com suas derivações premium ou especial e com fermento. Nestes casos, a moagem do grão de trigo é realizada retirando o máximo do miolo com um mínimo de farelo da casca, contendo principalmente carboidratos (amido) e proteínas (glúten).
“De modo geral, para a confecção de produtos artesanais domésticos, estas opções proporcionam excelente resultado em pães, pizzas e biscoitos”, esclarece Luiz Carlos Caetano, diretor técnico da entidade.
O especialista explica que para uso industrial existe também a farinha Tipo 2, extraída da parte mais externa do grão do trigo (próxima da casca), que apresenta uma coloração levemente escura e absorve menor quantidade de água. Esta é ideal para a confecção de biscoitos com ou sem recheio e cookies.
“Além disso, a indústria moageira tem capacidade de produzir blends específicos de acordo com a demanda dos fabricantes, que garantirão a melhor performance da receita nos produtos finais, como farinhas próprias para pão francês, pães doces, baguetes, acrescidas de fibras, pizzas de longa fermentação, gérmen de trigo para biscoitos, entre outros”, conclui.