No ano passado, o vinho foi consumido no Brasil por 50 milhões de pessoas no país, registrando um crescimento de 30% em relação ao ano anterior (2020). A informação que colaborou com esse resultado estatístico foi a frequência de consumo da bebida, sendo que os respondentes afirmaram consumir o produto, pelo menos uma vez ao mês.
O sommelier e docente dos cursos de Enogastronomia e Introdução aos Vinhos do Senac EAD, Ken Francis Kusayanagi, avalia o cenário econômico, da seguinte perspectiva: “O crescimento do consumo de vinhos no Brasil continua em alta e isto tem a ver especialmente com a popularização da bebida, bem como a sua associação com alimentos e benefícios à saúde”.
Contudo, apesar da popularização da bebida e o crescimento na produção nacional, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre a harmonização do vinho com determinados tipos de alimentos. Sendo assim, o especialista destaca as principais diferenças
– Vinhos tintos mais suaves conquistaram o paladar dos consumidores, porque tem menor acidez e tanino. Sendo assim, favorecem a harmonização com pratos leves (saladas, por exemplo) e mesmo alguns peixes mais gordos.
– Vinhos brancos, especialmente os mais frescos, se saem muito bem com receitas que usam carnes pouco gordurosas e queijos, de modo geral.
– Vinhos rosés, dependendo da produção, podem harmonizar com pratos como: carpaccio, carne de onça, quibe cru, saladas e sopas frias, como o gaspacho espanhol.
– Espumantes vão bem com todos os alimentos, especialmente o brut que tem uma concentração mais baixa de açúcar, apresentando um sabor final mais seco.
Dicas para não errar na combinação
Alguns cuidados são necessários quando se deseja combinar o vinho com o cardápio de um almoço, jantar ou outra ocasião especial. Nesse sentido, o docente do Senac EAD destaca pontos importantes como a temperatura e o modo de preparo dos alimentos.
“O vinho não pode ser gelado ou natural demais e o tipo de cozimento dos alimentos deve ser definido previamente. Por exemplo, se o prato principal for um peixe com molho de manga, o vinho de acompanhamento deve reforçar o frescor da proteína e da salsa. Por outro lado, se o alimento for mais condimentado é melhor optar por opções menos alcoólicas e mais jovens”, explica.
Uma dica interessante compartilhada por Ken é sobre o espumante brut. “É um produto produzido com maestria no Brasil e vai bem com diferentes preparos, seguido pelos brancos e o rosé que não é tão explorado na nossa gastronomia, mas oferecendo um excelente resultado, em termos de sabor e qualidade”, observa.