Saúde

Pernas grossas podem ser sinal de lipedema

Pernas grossas, retenção de líquido e, consequentemente, inchaço nas pernas são problemas que incomodam grande parte das mulheres. Porém, se os sintomas persistirem e estiverem acompanhados de dores ao toque, talvez não seja apenas retenção de liquido, mas sim uma condição denominada de lipedema.

“Muito comum em mulheres, o lipedema é uma característica pessoal caracterizada pelo acúmulo de tecido gorduroso que leva ao alargamento dos membros, principalmente pernas, podendo também atingir os braços”, explica a cirurgiã vascular e angiologista Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.

Ao contrário do linfedema, onde há uma alteração no sistema linfático que leva ao acúmulo de líquidos no membro acometido, os lipedemas são sempre simétricos e os sintomas incluem sensação dolorosa ao toque, aumento da frequência de hematomas espontâneos e maior tendência ao acúmulo de líquido.

“Não é incomum que a portadora de lipedema estranhe ao se submeter a uma drenagem linfática ou massagem relaxante, já que experiência, que deveria ser agradável, geralmente é acompanhada de dor e sensibilidade ao toque”, afirma a especialista.

Por ser uma característica individual, o lipedema não tem cura, mas pode ser controlado, já que, além dos sintomas citados anteriormente, a condição pode causar desconforto estético em algumas pacientes.

“O lipedema é uma característica constitucional que pode ser modificada com atividade física, alimentação adequada, drenagem linfática, medicação e, em alguns casos, meias de compressão. Além disso, é essencial o tratamento de outras patologias associadas, como varizes e pressão alta, para evitar complicações”, destaca a médica. “Porém, o mais importante é que você consulte um médico especializado. Apenas ele poderá diagnosticar o problema e indicar o melhor tratamento para cada caso.”

Cirurgiã vascular e angiologista, Dra. Aline Lamaita é membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, do American College of Phlebology, e do American College of Lifestyle Medicine. Formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, a médica participa, na Universidade de Harvard, de cursos de pós-graduação que ensinam ferramentas para estimular mudanças no estilo de vida nos pacientes em prol da melhora da longevidade e qualidade de vida. A médica possui título de especialista em Cirurgia Vascular pela Associação Médica Brasileira / Conselho Federal de Medicina. 

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