MiniZoo de Canoas recebe filhote de gato-maracajá
Bichinho não poderá ser devolvido à natureza e permanecerá no plantel do Zoo
O MiniZoo de Canoas recebeu um filhote de gato-maracajá (Leopardus wiedii) na última sexta-feira, dia 11. Devido a uma condição de saúde conhecida como osteodistrofia, que afeta o desenvolvimento ósseo, o filhote não poderá ser reintegrado ao seu habitat natural e, portanto, permanecerá sob os cuidados do zoológico. Atualmente, o animal está passando por um período de observação e tratamento, visando prepará-lo para futuras exibições ao público.
Anteriormente, o filhote estava sendo cuidado pela Universidade Federal de Passo Fundo. Relatos indicam que o animalzinho foi encontrado por uma família local, que inicialmente acreditou se tratar de um gato doméstico. Durante os dias em que esteve sob cuidado impróprio e alimentação inadequada, o filhote enfrentou problemas intestinais.
“Ao longo deste período inicial, o filhote será mantido na área designada para filhotes, onde poderá se adaptar gradualmente à dieta e às condições de temperatura. Posteriormente, após ser transferido para um dos recintos especiais no setor de exposições, ele passará por um período de quarentena, destinado a avaliar sua adaptação ao ambiente e comportamento. Assim que passar por essa etapa e atingir um tamanho físico adequado, ele será integrado ao plantel e estará pronto para ser admirado pelo público”, explica Isadora Favreto, a veterinária responsável pelo MiniZoo.
Sobre a espécie
O gato-maracajá se caracteriza por seus olhos e patas grandes, além de possuir uma cauda longa. Esse felino é encontrado em várias regiões do Brasil, sendo especialmente comum em áreas de matas densas. Conhecido também como gato-do-mato, é um predador noturno que caça sozinho, sem a companhia de outros animais. No entanto, a caça ilegal por criadores de animais domésticos e o desmatamento colocam em grave risco a sobrevivência dessa espécie.
Reabilitação de animais silvestres
O Zoológico Municipal de Canoas tem como prioridade reabilitar e, sempre que possível, reintegrar animais silvestres à natureza. Contudo, há situações em que os animais não podem ser devolvidos ao ambiente selvagem, necessitando de cuidados permanentes no zoológico. No ano de 2023, o MiniZoo celebrou 18 anos de existência, tendo atendido mais de 10 mil animais ao longo desse período.
