Operação de resgate acolhe 41 Pessoas em Vila Cristina, Caxias do Sul

Uma força-tarefa envolvendo a Prefeitura e o Exército Brasileiro realiza resgate de dezenas de pessoas isoladas devido a desastres naturais.

Em uma demonstração impressionante de coordenação e humanidade, a Prefeitura de Caxias, em parceria com o Exército Brasileiro, a Guarda Municipal, o SAMU, e a Brigada Militar, organizou uma força-tarefa emergencial na tarde de sexta-feira para resgatar famílias que haviam sido isoladas por quedas de barreiras e pontes na comunidade de São Pedro, situada no interior de Vila Cristina.

O cenário era de urgência, com a comunidade enfrentando condições adversas devido ao bloqueio dos acessos principais causados por deslizamentos de terra recentes. No total, a operação conseguiu resgatar 41 moradores, entre eles Maria Fausta de Souza Grams, de 62 anos, uma senhora dependente de oxigênio, que se encontrava sem eletricidade e em situação crítica em sua residência. Além dela, outra idosa recebeu atendimento médico emergencial do SAMU antes de ser resgatada do local.

Dos indivíduos resgatados, 27 foram levados ao ginásio do SESI, local adaptado para acolher temporariamente aqueles afetados pela situação, enquanto os demais encontraram refúgio nas casas de familiares na cidade, demonstrando a solidariedade da comunidade local.

Em outra localidade de Vila Cristina, conhecida como Viva Maria, as equipes conseguiram resgatar mais 35 pessoas, incluindo seis crianças, e até cinco cachorros, que foram igualmente encaminhados para abrigos provisórios, garantindo a segurança de todos os seres vivos afetados.

Maria Fausta de Souza Grams – Foto por: Andréia Copini

Apesar do sucesso das operações de resgate, muitas estradas e acessos no interior de Caxias continuam bloqueados, mantendo certas áreas ainda isoladas. Entre os locais mais afetados estão proximidades do canal do Arroio Aliança e Arroio Belo, além de diversas localidades como Vila Oliva, Santa Lúcia do Piaí e Galópolis, onde comunidades como Zona Andreis, Grota, Pessegueiro, Bem-te-vi, entre outras, permanecem de difícil acesso.

Esta situação reforça a necessidade de vigilância constante e de preparação para respostas rápidas por parte das autoridades locais e nacionais, especialmente em face das mudanças climáticas que intensificam os riscos de desastres naturais.

A operação em Vila Cristina serve como um lembrete pungente da vulnerabilidade de muitas comunidades brasileiras a desastres naturais e da importância de sistemas de alerta precoce e de infraestrutura robusta para mitigar os impactos desses eventos. Enquanto as equipes de resgate continuam seus esforços para garantir a segurança de todos, a solidariedade e a resiliência da comunidade local se destacam como um farol de esperança em tempos de crise.

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