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Gestante que toma a vacina contra a gripe ajuda também a proteger o bebê

Na campanha de imunização, prorrogada até o dia 22 de junho, a atitude individual representa um ganho coletivo

A Campanha de Vacinação contra a Gripe foi estendida até 22 de junho e, com a prorrogação, foi aceso o alerta máximo para que as famílias fiquem atentas e incentivem, em especial, dois grupos prioritários que ainda estão bastante aquém do objetivo de cobertura vacinal. No caso, as crianças de 6 meses a menores de 5 anos e as gestantes.

No Município, respectivamente e conforme a última parcial da campanha, divulgada no final da semana passada, foram aplicadas 5.558 doses em crianças na faixa etária de maior atenção (41,02% da meta de 13.548 na faixa até a idade de 4 anos, 11 meses e 29 dias) e 1.218 grávidas (51,33% de 2.373). “A importância da vacinação nesses casos é devido ao aumento do risco de hospitalizações e de evoluções para maior gravidade na gestante”, enfatiza o coordenador do Setor de Obstetrícia do Hospital Municipal de Novo Hamburgo, o ginecologista e obstetra Fabiano Candal de Vasconcellos. “Há um maior risco de mortalidade devido à redução fisiológica do sistema imunológico neste período gestacional.” De acordo com o médico, a imunização pode ser realizada com toda a tranquilidade em qualquer fase da gestação.

Ao receber a dose da vacina para se proteger da influenza, as grávidas aumentam o cuidado com o seu bebê. A Coordenadoria Nacional de Imunizações do governo federal explica mais sobre o assunto no Portal do Ministério da Saúde. Os bebês não podem ser imunizados antes dos seis meses e, por essa razão, a importância de proteger, ao mesmo tempo, a gestante e a criança no ventre da mãe.

Para tranquilizar quem anda com dúvidas sobre a vacina nesse caso, o Ministério da Saúde esclarece que apenas recomenda a vacinação para gestantes quando se tem estudos que garantam a segurança tanto da mãe quanto de seu feto. As pesquisas já demonstraram, inclusive, que a vacina tem um efeito protetor bastante alto tanto para a mãe quanto para a criança. À mãe porque, na fase gestacional, ela apresenta uma baixa de imunidade, o que facilita a proliferação de micro-organismos causadores de doenças, então está mais propensa a adquirir a gripe. Já a criança, quando nasce, fica desprotegida no primeiro semestre de vida. Quando a mãe toma a vacina, ela passa anticorpos para o seu filho, ainda na barriga, e a criança vai nascer já com uma imunidade que se chama de passiva, no jargão médico, que vai da mãe para o filho.

A transmissão dos vírus da gripe ocorre por meio do contato com secreções das vias respiratórias, de uma pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, e podem ocorrer outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Na forma grave, a gripe causa falta de ar, febre por mais de três dias, dor muscular intensa e prostração. Em alguns casos, a doença também pode levar à morte.

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