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Casa da Gestante é um marco na assistência às mamães e bebês na Região Sul do País

Solenidade abre oficialmente o serviço de acolhimento a gestantes de alto risco, puérperas e mães com bebês na UTI Neonatal.

Projeto inédito na Região Sul e modelo para outros municípios do País, a Casa da Gestante, Bebê e Puérpera (CGBP) de Novo Hamburgo começa a acolher gestantes de alto risco, puérperas e mães com bebês na UTI Neonatal que não têm condições de se hospedarem na cidade ou arcar com custo de deslocamento diário. O serviço foi oficializado nesta quinta-feira, dia 20. Da capacidade de acolhimento – 20 mulheres -, duas puérperas já estão instaladas e quatro gestantes devem chegar nos próximos dias.

Fagan, Naasom e Rafaga descerraram uma placa alusiva à inauguração da Casa da Gestante. Foto: Lu Freitas

O vice-prefeito de Novo Hamburgo, Dr. Antônio Fagan, que representou a prefeita de Novo Hamburgo, Fátima Daudt, disse que a conclusão da Casa da Gestante é muito importante e cercada de emoção. “Foram dois anos de muito trabalho para a entrega de um projeto real à comunidade, uma estrutura com condições ideais. Aqui, puérperas, gestantes e mães que precisam amamentar seus filhos na neonatologia vão ter a assistência de profissionais, receber as informações necessárias sobre as ações de saúde para si e para o próprio bebê. Um atendimento de qualidade para que possam retornar o mais rápido possível para seus lares”, afirmou.

O secretário de Saúde de Novo Hamburgo, Naasom Luciano, também mencionou a inauguração no final de dezembro de 2016. “A obra foi entregue, porém sem condições estruturais para iniciar efetivamente o serviço. Faltava a parte elétrica, hidráulica e climatização”, mencionou. De 2017 a 2018, foram superadas todas as questões burocráticas e se conseguiu a habilitação e o financiamento tão necessário para que a Casa da Gestante estivesse apta a funcionar. Segundo ele, “projetos precisam ser feitos com compromisso e responsabilidade, legado do governo Fátima Daudt”.

Ao destacar a coragem do governo em inaugurar mais um serviço, mesmo diante da crise e das dificuldades pelo qual a saúde passa, Naasom Luciano observou que o esforço vai além. “Enquanto, hospitais das cidades da região estão encerrando suas atividades, atrasando salários dos servidores, parcelando o 13º salário, em Novo Hamburgo mantemos nossos compromissos.” Em 31 de dezembro próximo, a soma dos atrasos do governo estadual para a Saúde de Novo Hamburgo vai atingir quase R$ 13 milhões, valor não repassado desde julho. Hoje, a rede de saúde de Novo Hamburgo atende quase 60 mil pessoas por mês.

ESFORÇO CONJUNTO – Para o presidente da Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (FSNH), Rafaga Nunes Fontoura, o funcionamento da Casa da Gestante é a exata tradução de esforço conjunto – Prefeitura, Secretaria da Saúde e Fundação. “Estamos inaugurando um serviço, não um prédio. Este espaço não é uma unidade de internação hospitalar. Ao contrário, a ideia é justamente a não internação. Estamos oferecendo a estrutura e o conforto que teriam em suas casas, contando com a assistência de profissionais da saúde”, enfatizou o presidente da FSNH. Neste sentido, na rotina diária na Casa, atuarão obstetras, ginecologistas, equipes de técnicos de enfermagem, além da atuação de acadêmicos da Fisioterapia e Enfermagem da Feevale.

A Casa da Gestante integra o programa de Atenção à Saúde na Gestação de Alto Risco, através da Rede Cegonha, do Ministério da Saúde. O espaço físico de 423,71 metros quadrados conta com sala multiuso; consultório para atendimento multiprofissional; três quartos para alojamento de gestante e puérpera; dois quartos para alojamento das mamães com seus bebês; quarto para plantonista; copa/cozinha e área de serviço. O investimento soma R$ 998,4 mil, incluindo contrapartida do Município. Também participaram do ato de inauguração Gisleine Silva, Aline Sortica, Carine Ecco, da Secretaria Estadual da Saúde; a diretora de Saúde de Novo Hamburgo, Maristela Saul; secretários, vereadores, diretores e colaboradores da FSNH.

PÚBLICO ALVO

Gestantes de alto risco, puérperas e mães com bebês internados na Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal que não podem voltar às suas residências pela distância, ou falta de transporte, ou até mesmo por não ter o dinheiro para pagar o transporte. Mulheres com ameaça de aborto, sem indicativo de internação, porém com uma necessidade de medicamento via oral e repouso

Existe também a clientela que durante o pré-natal foi detectado alguma alteração patológica no feto, ou vem com histórico de crises hipertensivas e já próximo à data do parto necessita de uma atenção mais direcionada e especializada na tentativa de que o parto aconteça da forma mais natural possível e sem danos para a mãe e o bebê.

ESTRUTURA DA CASA

  • – 3 Quartos para Alojamento de gestante e puérpera com banheiros anexos
  • – 2 Quartos para Alojamento de puérpera e bebê com banheiros anexos;
  • – 1 Consultório para atendimento multiprofissional
  • – Sala Multiuso
  • – Copa/ cozinha e lavanderia
  • – Área de serviço
  • – Sanitários
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