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Fiscais de trânsito levam orientação em projeto com adolescentes

Ação foi iniciada com estudantes do Ensino Médio da Escola Estadual Melvin Jones, no bairro Planalto

A Escola Pública de Trânsito (EPT) da Secretaria Municipal de Trânsito, Transportes e Mobilidade (SMTTM) de Caxias do Sul, deu início nesta quinta-feira (09/05) ao projeto “Trânsito e Juventude: a vida em primeiro lugar”. Trinta e cinco estudantes do Ensino Médio da Escola Estadual Melvin Jones, no bairro Planalto, foram envolvidos com a ação, que integra a programação do Maio Amarelo em Caxias do Sul. O propósito é aproximar os adolescentes, que em breve estarão habilitados como condutores, a adotarem um comportamento seguro no dia a dia do trânsito, além de tirarem dúvidas sobre as regras de circulação e a conhecerem o trabalho dos agentes do município.

O objetivo é que o projeto tenha uma linguagem informal, com conceito de encontro em vez de palestra, além de ser mais dialogado com os participantes e que paute temas que sejam da realidade dos jovens. Pensando nisso, a sala de aula foi substituída pelo pátio da escola como ambiente para a realização da ação e também os estudantes foram posicionados em um formato de arena, com o fiscal de trânsito ao centro comandando a atividade. Viaturas da fiscalização, equipamentos de sinalização e ferramentas como bafômetro e bloqueador de fuga também foram levados para a escola e apresentados aos jovens.

Depois de apresentar o funcionamento da fiscalização, o gerente da EPT, Joelson Queiroz abriu espaço para perguntas. Entre as principais dúvidas dos adolescentes, estavam o regramento para aplicação de película nos vidros dos veículos, os limites para adulteração de característica (relacionados aos carros rebaixados), qual o tamanho máximo para fixação de adesivos nos vidros, como são decididos os locais para realização de operações de fiscalização (blitz) e quais os limites aceitáveis pelo bafômetro para consumo de álcool. “O bafômetro não pega vinagre, bombom de licor, sagu”, afirmou o fiscal. Queiroz também reforçou, após questionamento, que os agentes do município não possuem nenhum tipo de meta para aplicação de autuações e também não recebem porcentagem sobre os valores das infrações.

Também entrou em debate o por quê que os fiscais de trânsito podem parar ou estacionar as viaturas da fiscalização em qualquer lugar da via. Queiroz afirmou que o assunto é sempre discutido pela comunidade em grupos de redes sociais e que a prática é prevista na legislação, uma vez que o serviço é fundamental para o bom andamento da circulação dos veículos. Ele reforçou que o procedimento é realizado em últimos casos, quando não há outro local para deixar o veículo que está em atendimento. Também lembrou aos adolescentes que ambulâncias e veículos em serviço para companhias de água, luz, telefonia, têm a mesma prerrogativa.

A estudante Andressa Ribeiro, aluna do 2º ano, tinha dúvida de como funcionava o recolhimento do documento do condutor nas abordagens. “É um assunto que me interessa bastante e eu sempre tive curiosidade”, contou. Para Eduardo de Paula Bonatto, de 17 anos e estudante do 3º ano, um dos objetivos para o próximo ano é conquistar a carteira de habilitação. “Achei (a iniciativa) show de bola. Raramente temos o contato com alguém que pode explicar esses assuntos, que vai fazer a diferença na hora de sair na rua e não causar nenhum tipo de acidente”, afirmou.

A ação também foi organizada em conjunto com a ONG Participatório da Juventude, liderada pelo integrante do Conselho Municipal da Juventude (Comjuve), Maxweel Abreu. “É um projeto importante para que possamos trabalhar a prevenção antes da remediação. São conceitos que muitas vezes se invertem, mas que precisam ser seguidos em diferentes áreas e o trânsito é uma delas”, pontuou.

Segundo Queiroz, novas ações serão realizadas na Escola Estadual Evaristo de Antoni. O projeto também será apresentado para gestores e professores na próxima quarta-feira (15/05) em um evento da Secretaria Estadual da Educação, em Porto Alegre. “As regras e os conceitos de comportamento de trânsito não estão na sala de aula e o nosso papel é proporcionar momentos como esses que levam esse assunto para as escolas. E estamos focando em um público que estará conduzindo veículos em breve e que precisa conhecer que existem regras e que todos precisam segui-las. É importante que os conceitos sejam multiplicados com os colegas e amigos da mesma faixa etária”, explicou Queiroz.

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