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Bancas revitalizadas preservam valores de Novo Hamburgo

Histórias e experiências que passam de pai para filho

A reforma das bancas foi uma das obras mais esperadas da revitalização do Centro, especialmente para a família Siegle que está na Banca 1 há 70 anos. O crescimento e o desenvolvimento de Novo Hamburgo foram acompanhados de perto por três gerações que tiram da banca a sua renda e colecionam recordações desde que o local recebeu seus primeiros comerciantes em 1949. Ao lado do pai Nilson, o atual proprietário Ângelo Rolfo Siegle, 57 anos, fala da trajetória da família que começou com seu avô que se estabeleceu no local para oferecer lanches, jornais e bilhetes de loteria aos viajantes que desembarcavam na rodoviária da Avenida Pedro Adams. “Conheço histórias contadas pelo meu avô e meu pai que me orgulham de ter seguido esse caminho”, diz ele.

“Seu Nilson”, como é conhecido o pai de Ângelo, viu a Avenida Pedro Adams ter um abrigo municipal; acompanhou a mudança da rodoviária, o fechamento do famoso Café Avenida e até um incêndio que ficou marcado em sua memória. “Uma vez queimou uma loja aqui em frente. Nunca mais esqueci. Um grande incêndio em plena luz do dia”, conta ele, que começou com 9 anos de idade a ajudar seu pai, primeiro comerciante a ocupar as bancas. “Vejo meu filho seguindo meus passos e fico orgulhoso do homem que ele se tornou. Sempre com muita simpatia e profissionalismo, vendemos nossos produtos a um preço justo”, explicou Nilson.

Hoje, Ângelo comemora a companhia do pai e a banca revitalizada. “A reforma era necessária. Inclusive, superou minhas expectativas deixando o espaço mais charmoso e muito mais atrativo. Fico muito feliz que a gente possa trabalhar juntos em um espaço que foi a vida do meu pai.” Além disso, ele ressalta a importância de manter um local que é considerado um dos mais tradicionais da cidade. “Novo Hamburgo merece um espaço como este. Nossos clientes, que são das mais diferentes classes sociais, merecem ser tratados com respeito e ter qualidade à disposição.” Assim como os Siegle, as oito bancas têm sua vida marcada no Centro de Novo Hamburgo e agora escrevem mais um capítulo de suas histórias na nova fase do Município.

As bancas e a Praça do Imigrante foram revitalizadas pela Prefeitura de Novo Hamburgo dentro do Programa de Desenvolvimento Municipal Integrado (PDMI), que é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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