NegóciosRio Grande do Sul

Vendas na Expointer ultrapassam R$ 2,5 bilhões

Negócios na feira cresceram 17,37% em relação ao ano passado

O balanço dos resultados da 42ª Expointer, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, foi divulgado na tarde deste domingo (1º/9). Os dados foram apresentados na Central de Imprensa, em entrevista coletiva com a presença do governador Eduardo Leite, do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, do secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, e de representantes de entidades promotoras. O total de negócios cresceu 17,37% em relação ao ano passado – foram R$ 2.699.868.739,57 neste ano.

Para o governador Eduardo Leite, os dados mostram que a economia do Estado é forte. “Os números nos enchem de otimismo e confirmam nossas expectativas positivas com relação à feira, injetando confiança na retomada do crescimento”, disse.

O secretário da Agricultura comemorou os resultados e disse que a feira trouxe oportunidade de aprofundar o diálogo com o setor agropecuário e colher informações para aprimorar a infraestrutura da feira para a edição de 2020. Covatti Filho anunciou que a área cultural da Expointer terá uma novidade no próximo ano, com a realização de um festival de música tradicionalista.

No setor de máquinas e implementos, o mais rentável da feira, a comercialização chegou a R$ 2,546 bilhões – crescimento de 11,43% em relação ao arrecadado pelo setor em 2018. Neste ano, as entidades decidiram separar em uma nova categoria o setor automobilístico, que arrecadou R$ 139,5 milhões. Anteriormente, estava incluso na soma do segmento de máquinas e implementos – a arrecadação individual do setor, em 2018, foi de R$ 101,165 milhões, o que contabiliza aumento de 28% neste ano.

O setor da agricultura familiar vendeu R$ 4.540.549,57 – crescimento de 13,51% com relação ao ano passado. Na venda de artesanato, a expansão chegou a 8,38%, somando R$ 1,385 milhão neste ano.

O único setor que apresentou decréscimo foi o da pecuária. Com relação às vendas de 2018, a comercialização de animais caiu 18,01% – o total de vendas alcançou R$ 8.443.190,00. No ano passado, a comercialização foi maior, totalizando R$ 10.269.226,00. Um dos motivos pelos quais houve queda foi a suspensão de leilões de cavalo crioulo e de terneiros, organizado pela Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul).

Caso os leilões tivessem ocorrido, teria havido acréscimo de cerca de R$ 1 milhão na comercialização de animais. “A origem da feira é a pecuária. Vamos batalhar para, que no próximo ano, consigamos consolidar esses números, incentivando cada vez mais nossa pecuária gaúcha”, garantiu o secretário Covatti Filho.

O público estimado para os nove dias de feira é de cerca de 420 mil pessoas, entre 24 de agosto e 1º de setembro, crescimento de quase 13% em comparação com 2018.

Entidades repercutem resultados

Depois da apresentação dos dados, as entidades que representam cada um dos setores tiveram a oportunidade de detalhar os resultados. O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, o presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Leonardo Lamachia, e o presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS (Simers), Claudio Bier, comemoraram o sucesso da feira. Bier, inclusive, ressaltou que o acréscimo de 17,37% nas negociações é uma façanha, uma vez as vendas do ano passado já haviam sido elevadas.

Gedeão, por sua vez, exaltou o caráter grandioso da feira, que se propõe a debater assuntos de interesse nacional acerca do agronegócio. “A presença da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, por mais de um dia, deixa muito clara a importância da nossa exposição”, argumentou. O presidente da Farsul também agradeceu ao governador pela disponibilidade de ter participado intensamente da programação da feira – Leite transferiu o gabinete para a Casa Branca, sede do Executivo no parque, de onde despachou durante praticamente todos os dias em que a feira ocorreu.

As entidades destacaram, também, o alinhamento entre o governo do Estado e o governo federal no que diz respeito ao tema. “A pauta do governo federal em termos de modernização da economia, de valorização do agronegócio, está alinhada com nossa visão. A ministra (Tereza Cristina) participou expressivamente da feira, esteve em vários eventos, não apenas visitando, mas se propondo a debater soluções para o agronegócio”, lembrou o governador.

Leite ainda destacou que os governos federal e estadual também estão em consonância na busca pela redução da máquina pública, na revisão do papel do estado em diversos setores da economia e na aplicação de medidas que possam contribuir para a retomada do crescimento econômico.

Veja o financiamento de máquinas e implementos por instituição:

BRDE: R$ 254 milhões (+5%)
Banco do Brasil: R$ 550 milhões
Banrisul: R$ 327 milhões (+45,33%)
Sicredi: R$ 130 milhões (+7,5%)
Badesul: R$ 426 milhões (+70,5%)
Bancos de fábrica, Bradesco, Santander e Sicoob: R$ 355 milhões
Venda direta: R$ 504 milhões
TOTAL: R$ 2,546 bilhões

Botão Voltar ao topo