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Floripa Airport tem capacidade para o dobro de passageiros

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse que o novo Aeroporto Internacional de Florianópolis tem potencial à altura da cidade e também de Santa Catarina. O terminal, inaugurado na noite de ontem (28), terá capacidade para movimentar 8 milhões de passageiros por ano, contra quatro milhões do antigo aeroporto, que será fechado.

“Acho que o usuário vai gostar muito do que está sendo entregue. No fim das contas é um equipamento à altura do potencial de Florianópolis e Santa Catarina. Estamos multiplicando por quatro a capacidade do aeroporto e com certeza isso vai atrair mais gente pra cá, vai permitir maior operação de pousos e decolagens, vamos poder aumentar a oferta de voos para Santa Catarina”, disse o ministro durante a cerimônia de inauguração.

Operações terão início dia 1º
Administrado pelo grupo suíço Zurich Aiport, o novo terminal começa a operar no dia 1º de outubro, com o primeiro voo programado para sair às 4h. Na obra, foram investidos R$ 570 milhões. São 13 portões de embarque e 10 fingers (pontes de embarque), sendo dois com espaço para receber aeronaves de grande porte, usadas em voos intercontinentais, como o Airbus A380 e o Boeing 747.

De acordo com o diretor da Floripa Airport, braço do grupo suíço que vai administrar o aeroporto, Tobias Markert, a nova administração está trabalhando para a implantação deste tipo de voo internacional. Na semana passada, a empresa argentina Flybondi anunciou que vai operar voos entre Buenos Aires e Florianópolis a partir de dezembro.

“É uma oportunidade para atrair também voos internacionais de longa distância e Florianópolis já tem potencial para fazer isso e o aeroporto antigo limitava isso. Agora, temos condições de trabalhar para fazer disso uma realidade”, disse Market. “Agora estamos aptos a operar uma aeronave da TAP [empresa aérea de Portugal], por exemplo”, acrescentou.

Segundo Market, a construção do aeroporto trouxe como proposta transformar o espaço em um lugar de encontro, onde as pessoas optem por permanecer mais tempo. Por isso, além das áreas de embarque e desembarque, também foi construído um espaço externo, batizado de Boulevard 14/32, com área de alimentação, serviços e entretenimento, o que deve abrigar uma agenda de eventos com shows e exposições. O aeroporto conta ainda com um terraço panorâmico, permitindo a visão dos pousos e decolagens.

“A ideia é essa: a gente quer transformar este terminal em um place to be [local para estar]. A gente quer atrair o público que não é passageiro, o público em geral”, disse.

Com a inauguração do novo terminal, o antigo será desativado, mantendo apenas, por enquanto, as operações de carga. A nova administração ainda estuda o que fazer com as instalações antigas.

“Não temos uma definição por não ter tido tempo de olhar e de estudar e agora, depois da inauguração, teremos tempo de olhar isso com mais atenção”, afirmou.

Mais interesse por leilões
De acordo com o executivo, a Zurich Airport, que também administra no Brasil os aeroportos de Vitória (ES) e Macaé (RJ) e tem 25% de participação no Consórcio BH Airport – administrador do Aeroporto de Confins (BH) -, tem interesse em participar de outros leilões de concessões programados pelo governo.

A próxima rodada de leilões está marcado para 2020, quando o governo deve leiloar 22 aeroportos. De acordo com Market, o grupo suíço tem interesse em participar do certame.

Uma das possibilidades é entrar na disputa dos terminais do Bloco Sul, formado pelos aeroportos de São José dos Pinhais (PR), Foz do Iguaçu (PR), Navegantes (SC), Londrina (PR), Joinville (SC), Curitiba (PR), Pelotas (RS), Uruguaiana (RS) e Bagé (RS). “Temos interesse em todas as opções [previstas] para o futuro no Brasil”, finalizou.

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