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Estiagem em Novo Hamburgo provoca situação de emergência

A prefeita Fátima Daudt decretou nesta quinta-feira, 14, situação de emergência em Novo Hamburgo por conta da estiagem. A medida tornou-se necessária pela falta de chuvas regulares, que vem afetando não só o município de Novo Hamburgo, mas também, todo o estado do Rio Grande do Sul, neste ano de 2020.

A situação de emergência é válida para todas as áreas do município, comprovadamente afetadas pela estiagem, conforme consta no Formulário de Avaliação de Danos e no FIDE – Formulário de Informação de Desastre, emitido pela Defesa Civil do Município. A principal área atingida pela estiagem, se concentrou no bairro de Lomba Grande, que compreende uma grande área rural de 156 km², afetando cerca de 670 famílias, que tem sua subsistência na agricultura familiar, conforme levantamento realizado pela Emater.

Os efeitos da estiagem ocasionaram a diminuição e quebra da safra das culturas agrícolas, como cana-de-açúcar, aipim, batata-doce, soja, hortaliças e milho, bem como da pecuária, que devido à queima das pastagens, houve uma grande diminuição da produção de leite. Ainda, resultou na queda da criação de peixes, em razão do baixo nível dos açudes localizados na área rural.

“Os agricultores daquela localidade tiveram grandes perdas nas suas culturas, devido à dificuldade de pastagens, na colheita dos produtos, em função da grande seca que vem desde janeiro. A Defesa Civil, em contato com a Comusa, recebeu relatos das dificuldades na captação e no tratamento da água, gerando prejuízos econômicos, tanto na área pública, em relação ao saneamento básico, como na área privada, diretamente ligada as famílias produtoras em Lomba Grande. Desta forma, a Defesa Civil recebeu um laudo da Emater apontando essas dificuldades e os prejuízos, e de posse desse laudo, a Defesa Civil emitiu um parecer favorável à decretação de situação de emergência, que se concretizou na quinta-feira.”, avaliou o coordenador da Defesa Civil de Novo Hamburgo, tenente Claudiomiro da Fonseca.

Neste momento, a Defesa Civil junta documentos e comprovações para alimentação do sistema S2ID, sistema este, gerenciado pela Defesa Civil nacional, no qual os municípios fazem decretações de situações de anormalidade, utilizando-se deste canal para obter o reconhecimento federal da situação de anormalidade. “Estamos trabalhando nisso, neste momento, para que, no menor prazo possível, possamos então ter essa situação de emergência homologada pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, e reconhecida pela União. Estamos fazendo a nossa parte para tentar minimizar as dificuldades dos afetados por essa falta de chuvas nesse tempo prolongado”, finalizou Fonseca.

O decreto 9.236/2020 pode ser conferido na íntegra no link (clique aqui).

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