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Ano letivo de Novo Hamburgo se estenderá até o dia 19 de janeiro

O ano letivo em Novo Hamburgo voltou a ser contabilizado no dia 3 de agosto e se estenderá até 19 de janeiro de 2021 para os seus 24 mil alunos. Essas informações foram abordadas pela secretária de Educação, Maristela Guasselli, durante a sessão plenária  na Câmara de Vereadores desta segunda-feira (31).

O convite partiu da vereadora Patricia Beck (PP). Maristela sinalizou que esse período não será alterado mesmo se houver uma possível retomada das aulas, esclarecendo inclusive que os pais não serão obrigados a enviar seus filhos às instituições de ensino. Em mais de um momento, quando questionada, a secretária afirmou não haver previsão sobre o retorno às classes de forma presencial.
Ano letivo no Município se estenderá até o dia 19 de janeiro

Da tribuna, a educadora destacou o universo representativo de pessoas que compõe a rede, número comparado a população de muitas cidades, e o planejamento necessário para lidar de forma adequada com essa nova situação. “Se voltar o ensino presencial, faríamos em forma de rodízio. Algumas crianças vêm uma semana, outras virão em outra. Isso já está previsto nesse planejamento”, explicou. Munida de slides, ela mostrou uma linha do tempo com as ações promovidas pela pasta, voltadas especialmente à formação de professores, durante o período em que as atividades com os estudantes estavam suspensas.

Nesse meio tempo, de acordo com a secretária, foram realizados levantamentos sobre a possibilidade de acesso por parte de alunos a internet e a ferramentas para conteúdos virtuais. Em um primeiro momento, o percentual de famílias que não tinham como utilizar ferramentas digitais era de 30%. Contudo, esse percentual caiu, conforme Maristela. Para aqueles que não puderem acompanhar as matérias repassadas pela web, serão disponibilizados livros didáticos e folhas impressas para a retirada pelos pais nas escolas mediante agendamento.

Carga horária

Em sua exposição, ela exibiu aos presentes no Plenário a carga horária que será exigida na Educação Infantil, com 3h diárias (480h em vez de 800h); Ensino Fundamental, com 5h diárias (802h); EJA, 5h diárias (807h). Ela esclareceu ao ser indagada que esse período em frente ao computador não será contínuo, e as famílias irão se organizar da melhor forma para atender a esse horário, podendo dividi-lo durante os turnos para não sobrecarregar as crianças. A secretária informou ainda que, durante o período do preparação, os professores se familiarizaram melhor com a plataforma Google for Education, que está permitindo qualificar o conteúdo virtual a ser ministrado, lembrando que os professores têm autonomia quanto à maneira de repassá-lo.

Uma das preocupações dos parlamentares foi quanto à retomada das aulas presenciais pelas escolas de educação infantil particulares. Patricia trouxe ao debate as dificuldades financeiras enfrentadas por esses empresários e questionou se a Secretaria Municipal de Educação autorizaria o retorno das crianças a esses espaços caso houvesse uma decisão sobre a situação. A vereadora disse que as unidades já teriam feito o plano de contingência em julho, quando havia a expectativa da abertura, conforme diálogo que têm feito com integrantes da categoria.

A secretaria disse se sensibilizar com a situação e já ter se reunido por três vezes com diretores dessas instituições. Contudo, reiterou que não cabe a ela a decisão e que acatará o que for definido pelos responsáveis pela liberação. “Vai depender dos órgãos de saúde do Estado permitirem a volta. Inclusive já fizemos uma reunião com todas as diretoras das escolas privadas orientando sobre o plano de ação e o plano de contingência, que deverá ser aprovado”, esclareceu.

Ao término de sua fala, a secretária foi questionada pelo vereador Enio Brizola (PT) sobre a distribuição da merenda escolar em forma de kits, como parte do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), especialmente por ser o alimento fornecido na instituição de ensino uma das principais refeições para muitas crianças, principalmente nas comunidades mais empobrecidas. Ela explicou que a previsão de distribuição é entre o fim de setembro e começo de outubro. Maristela frisou que a montagem exige um certo tempo, por envolver 10 fornecedores, sendo que as entregas não são feitas no mesmo dia. Ela declarou ainda que os diretores farão o contato e a organização da entrega. Os itens fornecidos pela agricultura familiar, conforme questionamento do vereador Gerson Peteffi (MDB), serão somados aos demais alimentos por último, por não poderem ser armazenados por períodos mais longos. Segundo a secretária, os kits serão complementados com ovos, frutas, legumes e verduras, além dos outros alimentos, macarrão, feijão, arroz. A distribuição dos itens será por aluno matriculado na escola.

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