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Pró-Sinos confirma alteração na qualidade da água do Rio dos Sinos

Monitoramento espacial do Pró-Sinos identifica mudança na qualidade da água no ponto próximo à Barragem das Laranjeiras. Consórcio acompanha a situação na região, que registrou turbidez e morte de peixes após esvaziamento da barragem

O Consórcio Pró-Sinos vem acompanhando a situação da Barragem das Laranjeiras. O esvaziamento do reservatório da barragem — no limite entre Três Coroas e Canela — foi motivado por necessidade de manutenção da estrutura, gerando aumento da turbidez da água do Rio Paranhana e apreensão de moradores e gestores municipais. Segundo relatos, houve o aparecimento de lodo e de peixes mortos nas margens do rio.

No início da semana, o Pró-Sinos realizou a segunda campanha do Projeto de Monitoramento Espacial, coletando água do Rio dos Sinos e de seus afluentes em 24 pontos de 16 cidades da Bacia Hidrográfica do Sinos — entre eles, o ponto que fica próximo à barragem. Em relação à turbidez da água, a medição dessa semana foi de 150 NTU, um aumento de mais de 13 vezes em relação ao valor obtido na medição de setembro, que foi de 11 NTU. O NTU é uma unidade de medida para avaliar a diminuição da passagem da luz em um meio, causada pela presença de partículas em suspensão. Para fins de comparação, o limite na água potável é de 5 NTU; na piscicultura, de 40 NTU.

“Esse monitoramento é uma importante ferramenta, que nos ajuda a acompanhar parâmetros da qualidade da água. É fundamental termos as informações centralizadas em uma única plataforma e atualizadas frequentemente. É isso que queremos com o Projeto de Monitoramento Espacial”, destaca a diretora-geral do Pró-Sinos, Jéssica Madril. O software que reunirá esses dados e permitirá avaliá-los está em desenvolvimento. A plataforma do Pró-Sinos deve ser lançada ainda neste ano.

Em relação ao ocorrido na Barragem das Laranjeiras, o consórcio pretende solicitar à CEEE e à Fepam um estudo do impacto ambiental produzido. O objetivo é identificar os pontos afetados nos rios Paranhana e Sinos, onde se depositou o lodo e as consequências para o ecossistema dos rios e das margens. “Paralelo a isso, estamos em contato com os municípios para identificar percepções e atuar como interlocutores das necessidades deles”, destaca o diretor-técnico do Pró-Sinos, Hener de Souza Nunes Júnior.

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