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Carolina Bahia foi a convidada da reunião-almoço da CIC Caxias e ARI Serra Gaúcha

A jornalista Carolina Bahia destacou que a imprensa precisa manter o foco no debate real da pandemia

“Informar, contribuir e construir pontes. Essa é a missão do jornalismo de qualidade e profissional”. A afirmação foi feita pela jornalista Carolina Bahia, durante a reunião-almoço on-line desta segunda-feira (26). O evento foi realizado pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias), em parceria com a Associação Riograndense de Imprensa – Seccional Serra Gaúcha (ARI Serra Gaúcha). Na conversa com o presidente da CIC, Ivanir Gasparin, a palestrante, que hoje atua como consultora da empresa ANK Reputation, falou sobre o papel da imprensa durante e também no pós-pandemia.

Carolina abriu o diálogo comentando a nova realidade do trabalho remoto. Logo após, falou sobre como as fake news, presentes comumente em debates políticos, se materializam e se tornam ainda mais perigosas quando relacionadas a áreas da saúde. Para a jornalista, durante a pandemia da Covid-19 foi possível perceber que grande parte da população buscou por informações certificadas. “O que é essa doença? Qual é o hospital que está funcionando? O que eu tenho que fazer?”, destacou.

Na mesma linha, a imprensa valorizou e passou a dar mais espaço às notícias fundamentadas na Ciência. Conforme Carolina, junto com isso viu-se um movimento do jornalismo de soluções, que além de investigar e denunciar, traz o problema à tona e também ouve especialistas para propor medidas que contribuam com a resolução desses empecilhos.

Com diferentes exemplos de conteúdos veiculados na imprensa nacional, a profissional destacou a importância de mostrar à sociedade o que realmente acontece no contexto da pandemia. “Nós jornalistas temos a missão de dizer o que está acontecendo por trás dos números. Um número não é nada, um número é algo frio. Não tem uma história. Morreram 100 pessoas, mas o que significa isso?”, questionou.

A jornalista também comentou sobre o acerto da imprensa em criar um canal direto de comunicação com quem é especialista no assunto: profissionais da área da saúde, pesquisadores, autoridades públicas, ministros e secretarias de Saúde. Segundo Carolina, essa colaboração faz com que uma linguagem mais acessível sobre o assunto seja levada a todos os cidadãos, facilitando a interpretação e entendimento da informação.

Mas e os desafios para o pós-pandemia? A jornalista afirmou que para a imprensa é prioridade manter o foco em discussões efetivas. Para ela, debates em torno da obrigatoriedade da vacinação são menos prioritários do que questões que envolvem o planejamento de distribuição da vacina, por exemplo. “Nós temos que aprender nos ocupar com o que é o debate real e a pandemia deixou isso ainda mais claro”, ponderou.

 

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