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Caxias em luto pela morte do pracinha Alberto Arioli

Caxiense era o único pracinha brasileiro ainda vivo que combateu na Segunda Guerra Mundial

O prefeito de Caxias do Sul, Adiló Didomenico, decretou luto de um dia pela morte, nesta sexta-feira (15.01), de Alberto Arioli. O caxiense era o único pracinha ainda vivo que integrou a Força Expedicionária Brasileira (FEB) na Segunda Guerra Mundial. Em 14 de dezembro passado, fez uma de suas últimas aparições públicas durante homenagem prestada pelo 3° Grupo de Artilharia Antiaérea aos seus 95 anos de idade. As bandeiras localizadas no Centro Administrativo também foram colocadas à meia-haste para homenagear Alberto Arioli.

Ao lamentar o falecimento de Arioli, o prefeito destaca que ele simboliza não apenas um ex-combatente, mas a resistência contra governos tiranos e a quebra da democracia. Enfatiza que Arioli deixa o legado de alguém que saiu de sua Pátria para, no outro lado do oceano, lutar pelos direitos humanos, pela liberdade e democracia, buscando restabelecer a paz mundial.

Arioli nasceu em 11 de dezembro de 1925. Com 18 anos, ele foi um dos 12 caxienses que se apresentaram de forma voluntária, após convocação pública pelo governo, para integrar o grupo de brasileiros que foi lutar na Itália, especificamente nas batalhas de Monte Castelo e Montese. Ele chegou ao campo de batalha em setembro de 1944. O retorno ao Brasil ocorreu em julho de 1945.

Em 1995, a convite do governo italiano, ele visitou os locais em que combateu. A participação brasileira no conflito, de forma especial dos voluntários da Serra Gaúcha, está registrada em seu livro “Cabedelo – A Odisseia de uma Vida”, lançado em 2014. Em maio do mesmo ano, foi homenageado pela Câmara de Vereadores, juntamente com Antuérpio Nemen, que também participou das batalhas, com o Prêmio Caxias do Sul.

O corpo de Alberto Arioli será cremado às 14h deste sábado (16.01), no Memorial Crematório São José. Não haverá cerimônia de despedida.

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