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CIC Caxias reforça continuidade do edital para concessão de rodovias do Bloco 3

O presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias), Celestino Oscar Loro, acompanhado de um grupo de diretores da entidade, recebeu, na manhã desta segunda-feira (7), o deputado Tiago Simon e o presidente da Associação das Entidades Representativas de Classe Empresarial Gaúcha (CICS Serra), Elton Gialdi. A reunião, que se seguiu de um almoço, serviu para que as lideranças conversassem a respeito do Plano de Concessões de Rodovias do RS.

Liderados por Celestino, os representantes da CIC Caxias expuseram os motivos pelos quais são favoráveis à continuidade do edital para concessão de 271,5 quilômetros de rodovias estaduais do Bloco 3, que contempla a Serra Gaúcha. Para Celestino, as concessões são uma janela de oportunidade para solucionar antigos gargalos de infraestrutura existentes na Região, além de promover o desenvolvimento e reduzir acidentes.

Celestino se mostrou preocupado com a dificuldade de conquistar novos investimentos para a Região e até mesmo com a permanência das empresas que aqui estão, considerando a falta de infraestrutura adequada. “O quanto custa não fazer, qual o ônus que a sociedade da Serra vai pagar por não fazer? Nós precisamos subir a régua da nossa discussão sobre infraestrutura, precisamos dar um passo à frente. Não é producente para a Serra Gaúcha discutir e prolongar ainda mais este processo, não podemos mais ficar nesta discussão interminável, pois enquanto estamos discutindo isso, nossa economia está se esvaziando”, alertou.

Ex-presidente do MobiCaxias e ex-diretor da CIC Caxias, Carlos Zignani lembrou que o modelo de concessões foi exaustivamente discutido desde abril de 2021, e citou todas as obras incluídas e a derrubada da exigência de outorga e a opção pela conta de aporte como resultado da participação regional na formatação do plano de concessões.

“O maior custo que temos aqui é de logística: 23%. As empresas desta Região só têm o modal rodoviário, e as estradas estão intransitáveis. Eu penso que a gente não deve interromper esse processo, porque é pior não ter, do que pagar uns centavos a mais na tarifa e ter rodovias que sejam transitáveis. A vida vale muito mais para mim. Não vejo como voltar atrás. Se nas negociações posteriores conseguirmos melhorar alguma coisa, ótimo, sou favorável também”, afirmou Zignani.

O diretor de Planejamento, Economia e Estatística Astor Schmitt reforçou que o custo logístico da Região chegou a um ponto de estrangulamento. Segundo ele, não existe lugar nenhum no mundo que registre um custo de logística de 23% sobre a receita das empresas. “A média mundial está entre 8% e 10%. Por isso que, para nós, esta é uma situação de sobrevivência”, ressaltou, ao defender a continuidade do processo de concessões. “Eu nunca vi um projeto entre poder público estadual e setor privado ser tão discutido como este do Bloco 3. E com este longo processo de negociação, aquilo que foi conquistado representa em torno de 90% do que reivindicávamos. Quando falo em 90%, os investimentos foram completamente readequados e escutadas todas as municipalidades e todas as entidades da Região, sem nenhuma exceção”, acrescentou. Ainda de acordo com Schmitt, “chegamos a um ponto em que a gente sente que é pior estender esse processo por mais tempo do que tocar em frente e depois fazer as revisões quinquenais previstas no contrato. Se agora encontramos um ambiente para avançar, não vamos perder a oportunidade, porque nossa realidade hoje é muito pior”.

Também participaram da reunião o vice-presidente de Serviços da CIC Caxias, Eduardo Michelin, o diretor-executivo da entidade, Gelson Dalberto, a diretora de Desenvolvimento e Competitividade da CIC Caxias e vice-presidente da CICS Serra Maristela Tomasi Chiappin, e o coordenador da Diretoria de Política Urbana e Infraestrutura, Fábio Scopel Vanin.

 

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