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RS: efetivação das vendas será mais desafiante para os lojistas no Natal 2023

Pesquisa revela que as famílias gaúchas estarão cautelosas nas compras deste final de ano

O final de ano é o período de maior expectativa de vendas para o comércio com a liberação do décimo terceiro salário e o Natal. Porém a palavra de ordem para o consumo neste período no Rio Grande do Sul é cautela.

De acordo com a pesquisa Intenção de Consumo das Famílias (ICF-RS) divulgada pela Fecomércio-RS, o índice atingiu 63,3 pontos, registrando queda de 4,6% ante setembro de 2023 e 15,8% ante outubro de 2022. A pesquisa foi realizada em Porto Alegre pela CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo nos últimos dez dias de setembro. Com esse resultado, o ICF-RS marca a sétima queda consecutiva na margem e quarta na comparação interanual. Todos os componentes do índice tiveram queda nas duas bases de comparação.

“A dinâmica do ICF-RS nos sinaliza que o sentimento das famílias na entrada do terceiro trimestre deste ano, o mais importante para o varejo, é de bastante cautela. Isso quer dizer que o esforço de venda por parte dos lojistas vai ser o que de fato vai definir os resultados das vendas de fim de ano”, comentou o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.

Emprego e renda

Os componentes de Situação do Emprego (85,9 pontos) e Renda Atual (79,7 pontos) registram quedas na margem de 1,1% e 2,4%, respectivamente. Em relação a outubro de 2022, as baixas foram de 10,4% e 14,2%. Dentre os respondentes, 32,8% afirmaram que se sentem menos seguros no emprego atual que no ano anterior, 41,3% se sentem iguais e 18,8% se sentem mais seguros. Já para renda, 29,4% relataram piora em relação ao mesmo período do ano passado, enquanto 61,4% relatam estar igual e 9,2% melhor.

Mesmo ante um quadro de controle inflacionário (com deflação em alimentos) e mercado de trabalho aquecido, as melhoras não parecem suficientes para reverter o quadro de confiança, em que os ganhos recentes, diante de um elevado comprometimento de renda com dívidas e da inadimplência, parecem estar direcionados a uma recomposição no consumo de itens mais essenciais e ainda bastante voltados a serviços.

Quanto aos componentes relacionados ao consumo presente e futuro, também houve renovação das baixas. O indicador de Consumo Atual caiu 7,2% ante setembro de 2023 e 22,8% ante outubro de 2022, com 57,8% dos entrevistados afirmando estarem comprando menos do que no mesmo período do ano anterior; 26,6% indicam nível equivalente e 15,7% nível maior que no ano anterior.

Bens duráveis

Com 29,5 pontos, o resultado para Momento para Consumo de Bens Duráveis (-11,9% ante setembro de 2023 e -23,3% ante outubro de 2022) refletiu a avaliação de ser um momento ruim para esses bens por 85,2% dos entrevistados. Quanto à Perspectiva de Consumo, as quedas foram de 3,5% na margem e 7,2% na comparação interanual, com avaliação de 47,2% dos entrevistados de que o consumo nos próximos meses, da própria família e da população em geral, tende a ser menor; 39,9% avaliam que deva ser igual ao do ano passado e 12,9% consideram que deva ser maior.

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