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Fórum de Condomínios debate segurança pública

Entre as demandas mais solicitadas por moradores, a segurança pública foi escolhida como pauta do dia na reunião do Fórum de Condomínio, coordenada pelo secretário da Habitação Nelson Spolaor na quarta-feira,4, no segundo andar do Centro Administrativo.

Uma das principais reclamações dos síndicos é a falta de estrutura e policiamento nos espaços onde vivem. O secretário de Segurança Pública, Carlos Sant’Ana, foi convidado para tratar do assunto e destacou que o tema vai além da questão repressiva. “Segurança Pública não é sinônimo de polícia. A polícia é fundamental e insubstituível. Porém ela sozinha não dá conta. É necessário atuar em várias frentes, principalmente em questões sociais”, afirmou. O tráfico de drogas foi apontado como um grave problema. “Temos que disputar esses jovens, oferecer outras possibilidades, com oficinas, esporte e alternativas de vida”, acrescentou.

Spolaor falou do trabalho técnico social que é realizado desde agosto nos residenciais através de convênio com a Cooperativa de Trabalho Interdisciplinar dos Profissionais da Área Social LTDA (Coopas), que estimula o convívio e noções de direitos e deveres. Em seguida, conforme combinado na reunião anterior, o secretário apresentou aos integrantes do fórum um trabalho semelhante realizado na região Metropolitana. O síndico Paulo Teixeira, do condomínio Repouso do Guerreiro, do bairro Restinga, em Porto Alegre, veio especificamente para relatar as ações implementadas no local. “Vivemos uma luta constante e diária pela dignidade. O programa Minha Casa Minha Vida é bom, mas precisa ser revisto. Por isso, pressionamos a Caixa e as construtoras”. Assim como em São Leopoldo, a Capital carece de creche, escola e transporte público. “Isso faz com que as pessoas busquem outro local e enfraqueça as relações entre vizinhos”, disse.

O antropólogo José Basségio, que junto com Teixeira participa de um grupo de defesa dos condomínios populares, cobrou mais fiscalização por parte dos governos e da Caixa. “O Minha Casa, Minha Vida é um grande programa, mas falta controle. As construtoras tiveram muita autonomia. Precisamos unir forças para pressionar. Em Porto alegre já tivemos avanços e conquistamos reformas e mais apoio do banco”, exemplificou.

O secretário Spolaor, com a concordância do Fórum, pretende levar o debate adiante com a organização de um seminário que integre moradores de toda a região Metropolitana.

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